Transferência de Empregados: Entenda as Regras

A transferência de empregados é uma prática comum. No entanto, para garantir o respeito aos direitos dos trabalhadores, é necessário seguir uma série de regras.

Neste artigo, vamos abordar as principais normas que regem a transferência de empregados, como elas afetam a vida dos trabalhadores e o que as empresas devem fazer para assegurar um processo justo.

O que é a Transferência de Empregados?

A transferência de empregados acontece quando o trabalhador é designado para exercer suas funções em um local diferente daquele onde estava originalmente alocado.

Essa mudança pode ser temporária ou definitiva, e deve estar de acordo com as normas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Regras da CLT sobre a Transferência

De acordo com a CLT, só é possível realizar a transferência de empregados em situações específicas, como:

  1. Necessidade de Serviço: A empresa precisa justificar a transferência com uma real necessidade de serviço, ou seja, ela não pode transferir o funcionário sem uma razão plausível.
  2. Mudança de Domicílio: Quando a transferência implica mudança de domicílio, o empregador deve custear as despesas relacionadas ao deslocamento, como por exemplo mudança e acomodação.
  3. Consentimento do Empregado: A transferência deve ser aceita pelo trabalhador, exceto em casos de cargos de confiança ou se houver uma cláusula no contrato que permita a transferência.

Tipos de Transferência de Empregados

Existem dois tipos de transferência de empregados: a temporária e a definitiva.

  • Temporária: O trabalhador é enviado para outra localidade por um período determinado e, após o prazo, ele retorna ao seu local de origem. Neste caso, ele tem direito a adicionais salariais.
  • Definitiva: O empregado é transferido permanentemente para outra cidade ou estado. Aqui, os custos da mudança também são de responsabilidade do empregador.

Adicional de Transferência

O artigo 469, § 3º da CLT garante um adicional de 25% sobre o salário do trabalhador transferido de forma temporária para outra localidade.

Esse valor funciona como um incentivo pela mudança de ambiente e por eventuais dificuldades de adaptação. Porém, no caso de transferência definitiva, esse adicional não é obrigatório, a menos que haja previsão em convenção coletiva.

Outros Direitos do Trabalhador Transferido

O trabalhador transferido tem uma série de direitos assegurados, incluindo:

  • Reembolso de Despesas: A empresa deve cobrir os custos de transporte, mudança e hospedagem do trabalhador.
  • Manutenção de Benefícios: O empregado tem o direito de manter os benefícios adquiridos no local de origem, como por exemplo vale-transporte e plano de saúde, ajustados à nova localidade.

Quando a Transferência de Empregados Não é Permitida?

A transferência não é permitida para empregados que se encontram em condições especiais, como:

  • Gestantes: A empresa só pode transferir gestantes com o consentimento expresso da funcionária.
  • Empregados em Tratamento de Saúde: Não é possível transferir trabalhadores que estão em tratamento de doenças graves, salvo por determinação médica.

Transferência Sem Justa Causa

O trabalhador pode contestar transferências sem uma justificativa válida. Sendo assim, se o empregador realizar a mudança sem atender às regras estabelecidas pela CLT, o empregado pode pedir reintegração ao seu local de origem ou, em casos mais graves, entrar com uma ação judicial para reparação de danos.

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